segunda-feira, 27 de julho de 2015

O MEU SOL
( Para o António)

Andei na vida ao sabor da sorte
sofri, chorei, fui escrava da dor
não sabia sorrir, não conhecia amor
e quantas vezes desejei a morte!

À noite, sozinha, meditava enfim,
e era triste e negro o futuro,
sombras se adensavam no meu céu escuro
tudo de bom morrera para mim!

Mas, de repente, o sol apareceu
desfez-se a treva, clareou o céu,
acordou a vida de um longo torpor!

E o sol que ilumina esta minha ilusão,
e põe risos de oiro no meu coração.
só podes ser tu, só tu, meu amor!

Maria Clotilde
18-9-52