O MEU SOL
( Para o António)
Andei na vida ao sabor da sorte
sofri, chorei, fui escrava da dor
não sabia sorrir, não conhecia amor
e quantas vezes desejei a morte!
À noite, sozinha, meditava enfim,
e era triste e negro o futuro,
sombras se adensavam no meu céu escuro
tudo de bom morrera para mim!
Mas, de repente, o sol apareceu
desfez-se a treva, clareou o céu,
acordou a vida de um longo torpor!
E o sol que ilumina esta minha ilusão,
e põe risos de oiro no meu coração.
só podes ser tu, só tu, meu amor!
Maria Clotilde
18-9-52
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