sexta-feira, 7 de novembro de 2008

O Cheiro da Cidade

Era um cheiro a humidade e a pinheiro
E também a cortiça requeimada
Vinha no vento e ficava o dia inteiro
O cheiro da minha cidade tão amada.

Agarrou-se à minha pele e perdurou
Levei-o para Sul. Quase o esqueci.
Quando voltei, ele também voltou
A esta terra donde jamais parti.

Este Natal senti-o novamente,
Manhã cedo descendo a avenida,
Tal como outrora sentia o coração.

Era o Inverno, agora mansamente,
Entrando afinal na minha vida
Como entrou, pé ante pé, a solidão.

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