domingo, 31 de maio de 2009

Amor a quanto obrigas...

Ele estava completamente apaixonado e não conseguia esconder de niguém a atracção que aquela mulher de rosto de boneca exercia sobre ele.
Seguia-a por todo o lado: ao mercado, à escola, à missa, eu sei lá...Até que uma vez, num baile, achou que era chegado o momento ideal para entabular conversa; até aí, ela fingira sempre não dar por ele, mas agora ele estava decidido: era a altura certa e ela não escaparia. Não se atreveu a convidá-la para dançar, isso era audácia demasiada, para mais em público. Esperou na antecâmara da sala de baile, talvez ela passasse por ali. Talvez...
E ei-la que aparece, na sua beleza de arrepiar. Ele encheu o peito de ar: era agora. Mas ela dirigiu-se aos lavabos; quando sair, pensou ele. Disfarçadamente, benzeu-se. Tinha que ser, agora ou nunca. Ela saiu dos lavabos e ele avançou:
- Com que então uma mijinha?- foi a única coisa que conseguiu dizer-lhe.
Casaram passados alguns meses.

2 comentários:

Isabel I disse...

AS mijinhas resultam! Isabel I

Isabel I disse...

Na sexta feira, na zona de serviço de Estarreja, cruzei-me com a Drª Manuela Eanes à porta dos sanitários. Brindou-me com um grande sorriso e um boa tarde, imediatamente correspondidos. Tive vontade de lhe perguntar: com que então uma mijinha? Isabel I