quinta-feira, 9 de abril de 2009

Uma noite de Verão

A noite estava quente, e sentiam-se bem no quintal, sentados no muro.
Na berma da estrada, mesmo em frente da casa, um militar pedia boleia; seriam umas onze da noite, poucos carros passavam e nenhum parava ao sinal do rapaz. Meteu conversa com ele e soube que o soldado tinha que apanhar o comboio da meia-noite, em Vila Velha do Ródão, para estar no quartel de Castelo Branco a horas. Pontualmente, nem mais um minuto de atraso. Mas o tempo passava, e o rapaz não arranjava quem o levasse.
Então decidiu agir: entrou em casa e foi telefonar a uma pessoa amiga que tinha um táxi, pedindo-lhe que levasse o soldado ao seu destino; no dia a seguir fariam contas.
O militar seguiu o seu caminho, não sem antes agradecer:
- Que um dia alguém faça bem aos seus filhos como o Sr. me fez.

2 comentários:

Catarina disse...

tinha gestos destes tantas, mas tantas vezes...

Catarina disse...

Debaixo de uma aparencia austera, um coração de ouro... Isabel I